sábado, 19 de maio de 2012

PROJETO: A MALETA MÁGICA DA LEITURA
Considerações:
Visando aperfeiçoar e valorizar o cidadão através das linguagens artística, literária e histórica, a partir da compreensão do seu papel enquanto sujeito histórico, o projeto enfoca o ato de ler como ponto de partida para a construção do pensamento lógico, com isso, possibilitando a capacitação do aluno em construir suas relações diante do mundo.
Trata-se de um projeto de prática de leitura onde os alunos levarão para casa uma sacola contendo alguns livros de estórias infantis e um caderno de registro, onde terão que registrar e recontar a estória lida; usando escrita, colagem, desenhos e tudo que a imaginação mandar.
Depois, cada aluno apresentará sua criação aos colegas.

Público Alvo: os alunos do ensino fundamental

Objetivos:
Proporcionar situações de leitura compartilhada.
Aproximar os alunos do universo escrito e dos portadores de escrita (livros e revistas) para que eles possam manuseá-los, reparar na beleza das imagens, relacionarem texto e ilustração, manifestar sentimentos, experiências, idéias e opiniões, definindo preferências e construindo critérios próprios para selecionar o que vão ler.
Fazer com que construam o hábito de ouvir e sentir prazer nas situações que envolvem a leitura de estórias.
Familiarizá-los com estórias e ampliar seus repertórios.
Participação em situação de conto e leitura de estórias.
Escuta atenta e interessada de estórias.
Observação e manuseio de livros.
Desenvolver no aluno a facilidade de se expressar em público, inicialmente, perante aos colegas de sala.







segunda-feira, 26 de março de 2012

Leitura e Educação

Leitura e Educação

As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas as diferentes dimensões da vida das pessoas: ao trabalho, a participação social e política, a vida familiar e comunitária, as oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural.
O mundo passa atualmente por uma revolução tecnológica que está alterando profundamente as formas de trabalho e de interação, onde, numa economia cada vez mais globalizada, a competitividade desponta como necessária à susbsistência humana. No afã de auto-superar o homem moderno terminou o século XX em desarmonia consigo mesmo, sem reflexão crítica sobre as suas reais necessidades, as quais deveriam permear o próximo milênio.
Sobre este prisma, torna-se oportuna a discussão sobre as formas de lidar com os novos tempos e, portanto, emergir o discurso sobre a qualidade de ensino nas escola, atentando para a ascensão no nível de educação de toda população e detectando os fatores que possam atender às novas exigências educativas que a própria vida cotidiana impõe de maneira crescente no meio social.
Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma formação geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante mutação, seria a prática de leituras variadas que promovam, de maneira direta ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas, uma vez que o movimento dialético da leitura deve inserir o leitor na história deste milênio e o constituir como agente produtor de seu próprio futuro.
O exercício da leitura, tal qual se encontra atualmente legitimado nas escolas, não vai além de mera decodificação de signos gráficos, os quais são permeados de fragmentos de livros didáticos, para não fugir à regra imposta coativamente ao longos dos tempos da história do ensino em nosso país, servindo como fonte de disseminação de uma ideologia, a ideologia que vai ao encontro dos interesse dos detentores do poder: a massificação e formatação do conhecimento humano.
Tal postura transforma o ato de ler enfadonho, acrítico, mecânico e, dessa forma, distante de uma categoria que una o ato de ler ao prazer, que permita a leitura como fonte de lazer.
As fracas experiências com a leitura afasta o leitor do contexto social e cultural, faz com que desconheça o que de mais profundo o homem pensou e escreveu sobre si, alienando-se das informações e, conseqüententemente obsta sua participação ativa e efetiva na sociedade em que está inserido.
Por esta perspectiva, obvia-se a necessidade da formação de leitores, pois percebe-se que sua participação no contexto social depende de sua visão de mundo, de seus valores, de seus conhecimentos, de sua reflexão e visão crítica, enfim, da leitura como instrumento do conhecimento.
Diante dos impasses tecnológicos e culturais do final do milênio, a Escola se revela como uma das instituições mais ameaçadas pelos novos rumos da sociedade. Espaço privilegiado do saber, a Escola mantém a escrita da palavra como texto básico no ensino, embora o mundo das imagens virtuais já faça parte da realidade de muitos alunos.
A velocidade das novas linguagens invadiram o cotidiano, atropelando o ritmo harmônico do aprendizado, e ao pretender uma atualização, a Escola assimila o novo sem a devida reflexão. Ou seja, persiste num ritmo de leitura pouco apropriado à formação do pensamento crítico, com as informações e novidades sendo incorporadas de maneira aleatória, sem uma visão científica necessária para a construção do conhecimento.
Na pressa de estar em sintonia com as inovações, a Escola desconsidera o processo formador de aprendizagem, limitando-se a investir na circulação de imagens e deixando de observar a qualidade dos textos que oferece a seus alunos como fonte de leitura, promovido no seu espaço. Priorizando a substituição do conhecimentos por informação, a Escola se descompassa e, sem formar leitores críticos ou incutir o hábito da leitura, prepara mal o cidadão que escreverá o “texto futuro”, que escreverá e perpetuará a nossa história.
Nesta perspectiva, o exercício da leitura transcende, em muito, a utilização de materiais, muitas vezes empregados como modismos em sala de aula. A formação do leitor impõe-se como prioridade a ser seguida, pressupondo a figura do professor como interlocutor ativo no diálogo da leitura, a fim de instigar e promover leitores que estejam à procura de respostas às suas próprias indagações e a desconfiar dos sentidos das letras impostas por textos insignificantes para, desta forma, encontrar nos livros, a fonte de sua sabedoria e inspiração, resgatando a história do conhecimento, tão necessária nos novos tempos, em que as mudanças são rápidas e atropelam o próprio “saber humano”.
O desafio se encontra na necessidade da busca e implementação de mecanismos que propiciem a atração pela leitura na mais tenra idade, na fase da infância, em que a criança está descobrindo seu microcosmo, seu mundo, está despertando para a realidade subjacente e tentando participar desta realidade com suas novas fantasias e descobertas.
Oportuno citar o que, já no século XVII, afirmava o filósofo John Locke:

“(...) deve ser dado à criança algum livro fácil e agradável, adequado à sua capacidade, a fim de que o entretenimento que ela busca a motive e recompense.”A Escola insere-se neste contexto como instrumento hábil a implementar a leitura na Educação Infantil e Séries Iniciais, motivando os jovens leitores através de uma mudança de concepção, ou seja, transformando a leitura como algo agradável, fonte não apenas de informação, mas principalmente de lazer.
É o que se pretende ao longo deste trabalho monográfico de pesquisa bibliográfica, através da escrita demonstrar aos leitores a relevância do educador na formação de novos leitores, numa concepção de que, sem rupturas no processo ensino-aprendizagem, a leitura pode ser empregada como mecanismo de lazer, cultura e formação.
( Texto extraído: "A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS COMO INSTRUMENTO DE INFORMAÇÃO,
APRENDIZAGEM E LAZER."
Temática: Uso e impacto de las TCI en la Educación, la Ciencia y la Cultura
Elaine De Paula – Profª Especialista
Giovani De Paula – Capitão Profº Especialista
José Luiz Gonçalves da Silveira – Capitão Prof. Doutorando)